quinta-feira, 19 de abril de 2012

Comentário do Filme "Do jeito que ela é"




Assisti ao filme "Do Jeito Que Ela É", indicado por um amigo. Filme fantástico!
Senti vontade de escrever algo a respeito. Moisés Groisman disse: "Família é uma marca a ferro e fogo em cada um de nós." Já Antoine Saint-Exupéry disse: "O amor é o processo pelo qual eu levo delicadamente o ser amado ao encontro de si mesmo". O filme mostra o desajuste de uma família e as idiossincrasias do ser humano. É um prato cheio para análise de um psicanalista. April, uma jovem rebelde, abandonou a família, indo morar em Nova York com seu namorado Bobby, rodeada de vizinhos, cada um com a sua maneira singular de ser. April tinha um pai protetor, que sempre a defendia, uma mãe crítica, amarga e dura, que a desprezava, uma irmã invejosa, ciumenta e certinha, que a depreciava, um irmão cínico e debochado e uma avó alheia aos acontecimentos. Ao preparar um almoço para receber a sua família, querendo mostrar a sua mudança de comportamento e celebrar o dia de Ação de Graças, April se depara com o inesperado. O seu fogão está com defeito. Então ela passa a depender da boa vontade de seus vizinhos ao solicitar o empréstimo do fogão para a preparação de seu almoço. April é recebida com preconceitos e bizarrices, exceção de uma família de japoneses, que vivendo em harmonia, dispõe a ajudá-la sem restrições e julgamentos. É aí que ela mostra toda a sua força, através de seu comportamento e atitudes, não aceitando mais manipulações dos outros. Ao abandonar a sua casa, April assumiu o controle de sua vida, deixando de ser expectadora passiva dos desajustes de sua família, que tanto influenciaram seu comportamento rebelde e compulsivo. Ela se libertou das amarras familiares. Vivendo na simplicidade e leveza com Bobby, ela passa a viver suas emoções sem querer agradar ou desagradar com as suas atitudes e livra-se de suas compulsões. April não tinha respeito e compreensão dos familiares, o que conseguiu na relação com o seu namorado, um grande motor para a sua mudança de comportamento. Ela estava livre para pensar, refletir, sem coação para obedecer. Estava à vontade consigo mesma. No final vemos o congraçamento de April com seus familiares, seu namorado e os vizinhos que realmente a apoiaram. April consegue realizar o que queria: juntar a família e mostrar a sua independência. A brilhante atuação de Katie Holmes mostra toda sua beleza, carisma e talento.

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